domingo, 31 de agosto de 2014

Como cérebros humanos poderiam ser hackeados?


Uma série científica sugere que os cérebros humanos podem ser haqueados assim como os computadores. Mas como seria possível que o cérebro humano ficasse vulnerável a hackers?

Pelo menos na ficção científica, uma nova tecnologia já está permitindo que os cientistas possam ler os pensamentos das pessoas e até mesmo plantar novas informações no cérebro humano. Essa realidade foi vista no último episódio da série Science Channel ("Through the Wormhole"), organizada por Morgan Freeman.

O programa mostra como é possível explorar o potencial - e os perigos – da mente humana. Na atração, Freeman diz que "vivemos num mundo de dados, e que um dia, em breve, os nossos pensamentos mais íntimos poderão não ser mais nossos."

Mas, deixando a ficção científica de lado, parece que ler a mente das pessoas nem sempre requer tecnologia. De acordo com o psicólogo de Nova Iorque, Marc Salem, é possível decifrar os pensamentos de uma pessoa usando pequenos sinais físicos da linguagem corporal.

Por exemplo: "a raiz do nariz pode significar que você está mentindo, ou pode significar que o seu nariz coça.”  Quando o profissional está tentando ler a mente de alguém, ele olha para o que ele chama de um "pacote de sinais" que lhe diz o que cada gesto significa.

Salem é capaz de adivinhar, por exemplo, quais são as cartas dos jogadores profissionais de poker - um feito considerado quase impossível. Para fazê-lo, Salem depende do contexto. "Eu sou capaz de pegar suas inflexões verbais e sugestões", disse ele.

É claro que a tecnologia pode dar aos cientistas o acesso mais direto ao cérebro humano. O inventor, Philip Low, está desenvolvendo um monitor cerebral portátil chamado iBrain. O aparelho pode detectar a atividade elétrica do cérebro a partir da superfície do couro cabeludo.

O neurocientista Jack Gallant, da Universidade da Califórnia, diz que os cientistas já estão traduzindo a linguagem cerebral, como uma compilação de um "dicionário mental" capaz de traduzir pensamentos em imagens e palavras.

Gallant e seus colegas mostraram imagens diferentes a diversas pessoas ao medir sua atividade cerebral através de ressonância magnética funcional (fMRI). A partir da atividade cerebral, a equipe de Gallant pode reconstruir as imagens aproximadas que as pessoas viram. Os cientistas também estão desenvolvendo um dicionário de conceitos que lhes permite adivinhar o que as pessoas estão pensando sobre as imagens que estão vendo.

Ilana Hairston, uma psicóloga no Colégio Acadêmico de Tel-Aviv, em Israel, usa o cheiro para plantar informações no cérebro das pessoas enquanto elas dormem. Ela treina o olfato das pessoas ao associar fatos com certos odores agradáveis . A ideia parece ficção científica, mas, na verdade, depende de uma via cerebral que permite que os sentidos como olfato entrem no cérebro sem consciência.

É claro que a ciência e a tecnologia que temos atualmente não se compara às invenções apresentadas no programa de Morgan Freeman, mas certamente os esforços de muitos pesquisadores nos levarão, em breve, a uma realidade bem próxima a dos filmes e séries de ficção científica.

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